quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014




Piaparas no balão

Especialista explica uma técnica para levar a isca até pontos muito distantes


Que a piapara é manhosa e que exige o máximo de concentração e silêncio para a sua pescaria todo mundo sabe. Muitas vezes elas estão ativas a cerca 150 m de distância do barco. Eis que surge a questão: como fazer para arremessar a isca a essa distância?
A técnica é simples e conta com o auxílio de um balão biodegradável, que será utilizado como veículo de transporte para o anzol e a chumbada, até o ponto desejado. Este balão pode ser comprado em qualquer mercado, e é nada mais que um balão de festas de crianças, porém com a propriedade de ser biodegradável e não prejudicar o meio ambiente.
A técnica consiste em encher este balão de maneira que ele suporte o peso da chumbada e não afunde. Passe então o anzol na ponta do balão, de maneira a ficar preso a ele sem furar. Solte a isca ao lado do barco e deixe a correnteza levar o balão com a isca até a distância desejada. Depois, trave a carretilha e faça força contrária para que o anzol rompa o balão e o chumbo chegue até no fundo do rio, exatamente no ponto necessário.


Piapara


Nome: Piapara
Nome científico: Leporinus spp
Água doce ou salgada: Doce
Família: Anostomidae
Características: Há mais de uma espécie conhecida popularmente como piapara: a Leporinus obtudensis, da Bacia do Prata e a Leporinus elongatus, da do São Francisco, além da Leporinus crassilabris. Parente de piaus e piavas, a piapara se distingue dos demais Leporinus pela forma acarneirada de seu focinho. Peixe de escamas, é natural da Bacia do Rio Paraguai. Costuma ser prateado, caracterizado por três manchas pretas nas laterais do corpo, logo acima da linha lateral, e pelas nadadeiras amareladas. Ainda apresenta listras longitudinais, que não se destacam muito. Tem o corpo alongado, alto e fusiforma, com a boca terminal e bem pequena. Os exemplares medem, em média, 40 cm de comprimento e pesam 1,5 kg.
Hábitos: Geralmente, são mais vistas no amanhecer e no entardecer, períodos em que a luminosidade está mais baixa. Costuma viver em poços profundos e nas margens, na boca de lagoas e corixos, baías, pequenos afluentes, remansos de rios, principalmente perto de vegetação e na mata inundada, preferindo ficar em lugares perto de galhadas, onde procura alimento. Costuma formar cardumes e freqüentar as partes média e inferior de águas paradas, onde a temperatura gira em torno de 21 a 27 ºC.
É um animal onívoro, de modo geral, variando seu cardápio desde matéria vegetal e animais em decomposição até plantas aquáticas, algas filamentosas e frutos. Pode também viver baseado apenas em uma dieta herbívora
Curiosidades: Por ser um peixe que realiza a piracema, a piapara faz longas migrações rio acima para se reproduzir. A espécie tem uma linha lateral bastante destacada e desenvolvida, tornando-a muito arisca e sensível às mínimas variações no ambiente, como a temperatura e vibrações a seu redor.
Onde encontrar: Espécie comum na bacia do Prata, está presente também no pantanal Mato-grossense e em Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco Goiás, Paraná e São Paulo, além de ser encontrada nas bacias Amazônica e do Araguaia-Tocantins. Encontrada durante todo o ano, principalmente nos meses quentes. O tamanho mínimo para captura é de 25 cm para os Leporinus obtusidens, 40 cm para os Leporinus crassilabris, Leporinus elongatus e 30 cm para Leporinus elongatus.
Dica para pescá-lo: O peixe costuma pegar a isca com suavidade e acomodá-la na boca antes de correr. Se o pescador ficar afobado, vai perdê-lo. Para realizar uma boa pescaria é preciso fazer uma ceva com milho ou massa de farinha para reunir os peixes no local onde se pretende pescar.

Dicas de Pesca


Ceva para tilápias

Saiba como preparar uma ceva infalível na pescaria de tilápias em pesqueiros

interna.jpgA ração de coelhos é a mais e conhecida entre os pescadores. Porém, hoje já está disponível no mercado uma específica para a ceva de tilápia. Ela é feita da mesma matéria-prima empregada nas rações flutuantes para peixes, mas com a diferença de afundar. Isto faz o peixe fique bem baixo no campo de ações de suas iscas.
Apresentação:
Basta jogar pequenos punhados da ração próximo a ponta da vara, local em que a isca vai ser abaixada. Isso atrairá cardumes para próximo do seu ponto de pescaria e assim você terá mais facilidade para fisgar bons exemplares.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Iniciando à Pesca na Praia


Conjunto vara e molinete:
A montagem desse item é muito importante, o pescador deve configurar um conjunto balanceado que seja adequado para o tipo de pescaria que pretende fazer. Em alguns casos por falta de informação ou compra de material inadequado pode levar o pescador iniciante a desistir da prática da modalidade, portanto informe-se antes de suas aquisições.
Podemos optar por varas de 2,70m a 4,50m, casting de 60g a 300g fabricadas em grafite ou carbono, telescópicas ou particionadas e dos mais variados fabricantes.
Varas mais leves “lights” de 2,70m a 3,30m com casting entre 60g e 90g com molinetes também pequenos são indicados para curtos arremessos buscando os pequenos peixes de beira.
Varas maiores “médias e pesadas” de 3,90m a 4,50m, casting de 90g a 300g formando conjunto com molinetes maiores, são indicados para médios e longos arremessos, buscando peixes que estão mais distantes da beira da praia.
Casting – Essa é uma informação muito importante que o pescador deve observar e seguir a risca!
Ela informa qual é o peso “total” que o caniço suporta de arremesso.
Imaginemos que o casting de uma vara informa 180g, baseando-se nessa informação trabalhamos sempre com uma margem de segurança de -20%, então se usarmos um chumbo de 100g mais o peso dos anzóis e iscas totalizando 140g, estaremos dentro da margem de segurança para o uso correto do equipamento.
A não observação desse item pode danificar seriamente o caniço como quebras ou trincas, frustrando e interrompendo uma pescaria.





Dica:
A minha dica de aquisição para um iniciante é de uma vara telescópica de 3,90m, produzida em carbono, sendo mais leve e resistente com casting de 90g a 200g (15 a 25lbs). Encontrada nas lojas de pesca a partir de R$110,00.
Formando conjunto com um molinete médio de três rolamentos, fricção dianteira, manivela ambidestra, dois carretéis sendo um de reserva, um de metal outro de grafite, ambos projetados para médios e longos arremessos. Encontramos esse item na faixa de R$50,00.

Linha no molinete:
Na praia geralmente utilizamos bitolas de linhas de 0,14mm até 0,35mm, quanto mais fina for a linha, melhor será o arremesso, teremos menos atrito entre a linha e os passadores, conseguindo assim lançar a uma maior distância e a fixação dentro d’água, fazendo com que o movimento das ondas não arraste com facilidade a linha.
Então para este tipo de molinete colocamos uma base(fundo) de linha 0,35mm cerca de 100 a 200m e completamos com uma linha 0,21mm com aproximadamente 250 e 300m.
Finalizando colocamos um leader (arranque) de 8m que seria o dobro do tamanho do caniço (3,90m) com linha 0,35mm de ótima qualidade se tratando de resistência.

Dica:
Nas lojas encontramos uma bitola de linha mono filamento de 0,21mm com resistência de 10.36lbs(4,70kg), carretéis com 100m pelo custo de R$2,70 cada carretel, uma ótima opção custo-benefício.

Esperas e secretárias(os):
Outros dois itens tão importantes quanto à vara e o molinete são as esperas(calões), canos de PVC ou alumínio que serão o suporte de espera para o pescador colocar o caniço, descartando segura-lo durante toda a pescaria e as secretárias(os) são caixas plásticas ou de madeira, até mesmo uma bandeja para comportar os pequenos apetrechos como alicates, elastricot, chumbos e também pequenas quantidades de iscas.
Além de poupar o pescador de segurar o caniço durante toda a pescaria, mantém o caniço no alto longe da areia e de um possível banho de água salgada, preservando a vida do equipamento.

Dica:
Encontramos esse conjunto (espera + bandeja) por R$25,00 nas lojas ou podemos confeccionar manualmente usando PVC e uma caixa de madeira revestida de fórmica.





Caixa de pesca:
Para equipar uma caixa de pesca para a praia o pescador não pode deixar de comprar alguns itens básicos más de grande importância para completar todos os itens anteriormente citados.



Chicotes:
Normalmente com 0,80cm de comprimento, dois rotores para se prender as pernadas com distância de 0,60cm entre si, girador e snap na parte de baixo para prender o chumbo e girador em cima para amarrar o leader(arranque).

Chumbos:
Temos uma variedade de modelos, tamanhos e pesos, cada um com uma finalidade, mas alguns tipos são titulares como os modelos pirâmide, carambola e beachbomb por exemplo.

Linhas:
Alguns carretéis de linha com bitolas entre 0,35mm e 0,45mm para a confecção de chicotes, leaders de pernadas.

Anzóis:
Também encontramos uma variedade de marcas, modelos e tamanhos, porém na atualidade um dos mais usados é o modelo Maruseigo do nº08 ao nº14. Tinu, Hansure, Sode e Massu também são muito utilizados.

Tesoura e faca:
Para preparar as iscas, fazer os filezinhos e cortar com precisão os pedaços.

Trin:
Muito útil na montagem do equipamento, amarração dos chicotes, linhas e pernadas, após cada nó ele é indispensável!

Saca anzóis:
Alguns peixes engolem toda a isca, levando o anzol bem para o dentro, esse item auxilia a retirada do anzol com segurança sem agredir o peixe.

Elastricot:
Também de extrema importância é uma linha elástica que fixa as iscas nos anzóis, fazendo com que as mesmas não se soltem quando efetuado o arremesso.



Assim formamos uma estrutura importante de materiais para iniciarmos a nossa pescaria de praia, posteriormente poderemos complementar essa estrutura com vários outros itens, mas assim já começamos bem!

Super Dicas:
O que também não pode faltar na tralha do pescador é a licença de pesca do IBAMA, protetor solar, chapéu, óculos de sol e capa de chuva.


Autor: Marcelo Rubio Esteves
Matéria: Coluna da Revista Pesca Esportiva, Edição Nº 120/Agosto de 2007.

Anzóis!

Desde a mais remota época em que produzia-se anzóis de ossos, chifres, pedras, etc, nota-se uma constante mudança, por parte dos fabricantes, que tentam aprimorar seu formato, de forma a aumentar o poder de fisgada para cada tipo de peixe. Isso acabou proporcionando ao pescador, uma grande variedade de formatos e tamanhos específicos que, se corretamente utilizados, poderão aumentar a produtividade da pescaria.
Existem alguns aspectos em relação aos anzóis que podem ser analisados para poder-se levar em consideração, porque este é um fator, às vezes, decisivo nas pescarias.
O anzol muitas vezes é tido como um acessório com o qual o pescador não precisa se preocupar. Mas, na verdade, este pequeno artefato de metal é fator decisivo nas pescarias e se não for bem avaliado, pode prejudicar a pescaria.
Para ser considerado ótimo, uma anzol deve ter algumas características, tais como ponta aguçada, ser muito penetrante (que fisga fácil), capacidade de reter o peixe fisgado, resistência e durabilidade. como se trata de qualidades difíceis de conciliar, na prática prioriza-se uma ou outra conforme se esteja praticando pesca leve ou pesada, ou seja, o enfoque em relação às qualidades do anzol muda em função da categoria de pesca. Na pesca de peixes de grande porte, dá-se ênfase à resistência, enquanto na pesca de peixes pequenos o mais importante é que o anzol seja “matador”, isto é, que fisgue facilmente o peixe.
Portanto, é importante que se atente para alguns detalhes, que serão abordados abaixo.
ÂNGULO DO OLHO:
Fechado
Reto
Aberto


FORMATO DO OLHO:
Argola:
É o modelo mais comum, sendo possível atá-lo com diversos tipos de nós.
Agulha:
É o modelo mais utilizado em pesca oceânica.
Pata:
É o modelo que transmite maior sensibilidade à linha.

HASTE:
Longa:
Standard:
Curta:
Farpada:
TAMANHO
Para saber o tamanho adequado dos anzóis que se pretende usar, é importante ter em mente as espécies que se deseja capturar. Também é bom conhecer um pouco sobre estes peixes, como por exemplo: saber a posição da boca, o tamanho e hábitos alimentares. Com um anzol muito grande, dificilmente os peixes conseguirão acomodá-lo na boca e, dependendo da espécie, será impossível capturá-la. Por outro lado, anzóis pequenos causam muitos estragos no peixe, pois eles o podem engolir e machucar órgãos internos como brânquias e estômago.
O número que define o tamanho de um anzol é usado individualmente por cada fabricante. A escala mais comumente usada em pesca esportiva é a da Mustad. O tamanho do anzol é inversamente proporcional a numeração do mesmo, até o número 1. A partir deste tamanho, a razão é proporcional e a numeração é acrescida do /0.
ESPESSURA
A espessura está diretamente relacionada à resistência do anzol. Os anzóis finos são ótimos para pesca de peixes com a boca frágil, como Carpas, ou com os lábios grossos. Os anzóis finos penetram mais e proporcionam uma melhor fisgada, além de machucarem menos os peixes.
FISGA
Mantendo a fisga sempre afiada, você terá maior eficiência no ato de fisgar o exemplar, além de que você pode usar linhas mais finas, tornando sua pescaria mais esportiva e emocionante.
COR
Embora este item não seja tão relevante, deve ser levado em conta como um fator que pode interferir na quantidade dos ataques. Às vezes, ouve-se falar que a pessoa jogou só a linha e o anzol sem isca na água e capturou um peixe. Isto pode acontecer devido à cor, podendo o anzol ter sido um atrativo para o peixe. Lembre-se: nem sempre a cor está ligada à qualidade do anzol.
CONSERVAÇÃO
Outro detalhe que temos que prestar a atenção que é o mais desprezado é a conservação dos anzóis. É comum vermos pescadores usando anzóis enferrujados, com uma péssima conservação. Pescar com anzóis assim é muito arriscado, como por exemplo, no momento da fisgada, se for um exemplar de um bom porte, o anzol pode se romper. Anzóis assim são também um grande perigo para o próprio pescador, podendo ele se fisgar com o mesmo, tendo grandes chances de adquirir uma infecção, como o tétano.
O ANZOL NA LITERATURA:
Com o desenvolvimento dos livros impressos (Gutenberg 1457), comprova-se que muita gente na Europa do Norte era aficcionada pela pesca recreativa e desportiva. Livros sobre o tema apareceram quase simultaneamente nos Países Baixos, França e Inglaterra, seguidos da Alemanha não muito tempo depois, mas foi a Inglaterra quem primeiro se interessou pela pesca com cana, por esse motivo o mercado foi inundado por livros sobre este tema. O primeiro livro que tratava de pesca foi impresso em Westminster, em 1946, como parte de “The Book of St. Albans”, supostamente escrito por uma mulher, Juliana Berners.
Numa parte do livro, ela detalha sobre a arte de fabricar anzóis. Os melhores anzóis são feitos de agulhas, diz ela – as agulhas darning para os peixes pequenos, e as agulhas de bordado para os peixes maiores, e as agulhas de sapateiro para os peixes muito grandes. Além disto, o livro possuía conselhos de como fazer um bom anzol e como empatá-lo corretamente.
Por muito tempo os escritores ingleses continuaram a descrever a forma como fazer anzóis. As melhores agulhas deviam ser de Toledo ou Milão. Wiliam Lawson dizia no principio do século XVII “Se o material é bom, a ponta poderá ser afiada ao máximo, se o material não é bom, uma ponta muito afiada pode-se partir facilmente”.
O clássico livro para os pescadores desportivos, de Isaac Walton é “O pescador de cana completo…” e saiu em 1653. A maioria da sabedoria e conselhos foi apoiada na literatura inglesa. Walton escreve como um verdadeiro adorador da natureza e responde a uma mão cheia de perguntas que um pescador desportivo poderia fazer. Walton também explica como fazer nós e como preparar a melhor linha, e em relação aos anzóis diz aos leitores que em vez de os fazerem, recomenda que se recorra a um fabricante de anzóis. Em Inglaterra diz ele, exactamente em Londres encontra-se Charles Kirby “o melhor fabricante de anzóis”.
Os anzóis descritos abaixo e suas utilizações são baseados em vivências de outros pescadores. Mas, apesar disto, você pode ter outras experiências e métodos para usá-los. Mande-nos sua opinião.Anzóis Japoneses
(Gamakatsu – Maruseigo – etc):
Estes anzóis são excelentes para fisgar, muito usados em competições.
Peixes: pampo, robalo, piapara, papa-terra (betara), lambari, matrinchã, piraputanga, etc.


Anzóis para minhoca artificial:
Especialmente desenhados para acomodar minhocas artificiais e outras iscas de silicone.
Peixes fisgados: black bass.


Anzóis para pesca pesada:
São anzóis forjados e ultra-resistentes, as argolas normalmente são do tipo olho de agulha ou convencionais, porém soldados.
Peixes fisgados: marlins, atuns, cavalas, dourados, jaús, piraíbas, etc.


Anzol Beak:
Resistente e fisga firmemente.
Peixes: apapá, aruanã, bagre, barbado,black-bass, cachara, cachorra, carpa, corvina de água doce, dourado, jatuarana, jaú, mandí, pacu, palmito, piau, piava, piavuçú, piracanjuba, piraiba, piranha, piraputanga, pintado, tabarana, tambaquí, tilápia, traíra, trairão e tucunaré.


Anzol Bowed:
Resistente e com fisgada profunda.
Peixes: carpa, dourado, prejereba, miraguaia, pirará.


Anzol Carlisle:
Haste longa, evita que peixes com dentes cortem a linha.
Peixes: bagre (água doce e salgada), piranha, traíra, corvina de água doce.


Anzol Crystal:
Fisgam facilmente peixes de boca pequena.
Peixes: acará, apaiarí, curimbatá, lambarí, piau, piava, tilápia, papa-terra (betara), pampo.


Garatéia:
União de três anzóis, utilizadas com iscas excessivamente moles, são utilizadas em iscas artifíciais.
Peixes: espada, barracuda e carpas.


Anzol Kirby:
Utilizados com íscas vivas.
Peixes: tucunaré, tilápia, traira, lambarí, acará, bagre, matrinchã.


Anzol O’ Shaugnessy:
Muito versátil e resistente.
Peixes: anchova, tambaquí, pampo, robalo, corvina.


Anzol Wide Gape:
Mantém as iscas vivas por mais tempo e com maior liberdade de movimento.
Peixes: pescada e robalo.

ANZÓIS PRÉ-HISTÓRICOS:

A habilidade para inventar e usar ferramentas e tecnologia, no esforço para sobreviver, faz parte do ser humano. Desde os inícios da humanidade, o ser humano capturou peixes para a sua sobrevivência. Inventaram-se inúmeros métodos para capturar várias espécies de peixes que vivem em condições bastante diferentes, desde o Ártico até às águas tropicais. Muitos do métodos de pesca e tipos de aparelhos que se inventaram, alguns com largos milhares de anos ainda hoje estão em uso para o desporto, alimentação ou pesca comercial.
Não se sabe há quanto tempo os anzóis estão em uso, mas é bastante provável que o Homem de Cro-Magnom, que apareceu entre 30 a 40 mil anos atrás, estava familiarizado com o uso de anzóis de pesca na sua luta para sobreviver. Os primeiros anzóis que se conhecem foram de diferentes materiais:
Madeira:
O problema que têm os arqueólogos para estabelecer a idade dos achados históricos, é que os materiais em que foram feitos eram pouco duráveis. Mas, existem razões para crer que os primeiros anzóis foram feitos de madeira. Muitas pessoas acham que o uso de anzóis de madeira deve ter sido muito pouco prático. Como a maioria das madeiras flutuam, o anzol teria que ser atado a outra coisa que lhe servisse de peso para afundar.
Mais recentemente, no final do século dezenove, os pescadores usaram anzóis de madeira nas grandes industrias pesqueiras do bacalhau em Lofoten no norte da Noruega. Eles talhavam seus anzóis numa variedade dura de madeira e queimavam a ponta para ficar mais dura. O uso da madeira é explicado pelo fato de algumas espécies de peixes serem atraídos pelos anzóis, sendo portanto o uso da madeira uma vantagem, na opinião de alguns pescadores, por gerar anzóis flutuantes.
Materiais diversos:
Outros materiais para fazer anzóis foram conchas, ostras, osso e chifre. Entre outras coisas os nativos americanos utilizaram a garra de um falcão e o bico de uma águia para fazer anzóis. Além disto, o homem pré-histórico utilizou compostos de diferentes materiais que eram atados juntos. Estes anzóis eram mais resistentes do que outros anzóis feitos de outro material.
Na Noruega, os anzóis mais antigos encontraram-se nas escavações de “Vistehulene”, situadas em Jaeren e na parte sudoeste da Noruega. Calcula-se que estes anzóis datem de 7-8000 mil anos de antiguidade.
Ossos:
Outro exemplo de material de anzóis pode ser encontrado na Ilha de Páscoa: como não havia na ilha mamíferos suficientemente grandes e existia escassez de ossos, adotou-se o costume de fazer anzóis com osso de seres humanos. Como ali se levava a cabo sacrifícios humanos, até a chegada dos primeiros missionários havia uma grande fonte de ossos humanos.
O homem da idade da pedra tinha instrumentos bastante bons para fazer anzóis finos em osso. O motivo porque nada se sabe quando os anzóis de osso começaram a usar-se, é porque, se o terreno tiver condições favoráveis com o solo calcário, os anzóis podem ser preservados durante milhares de anos. Os anzóis mais velhos que se tem conhecimento parecem ser os que foram encontrados na Checoslováquia durante a escavação de jazigos de esqueletos do tempo do paleolítico. Também se encontraram anzóis antigos no Egito e Palestina. Acredita-se que o mais antigo, encontrado na Palestina tem à volta de 9000 mil anos.
Bronze:
Estudos afirmam que o cobre apareceu na história do homem à volta de 4000 AC, seguido por um desenvolvimento gradual do bronze. Entre as civilizações mais antigas que utilizaram o bronze estão as que ficavam entre os rios Tigre e Eufrates, rios com pesca abundante e com enormes volumes de água. Nesta área foram encontrados inúmeros anzóis de bronze que são mais antigos 500 anos do que
os da Mesopotâmia de Abraham. Além desta região, a ilha de Creta é conhecida pelos ricos achados de anzóis de bronze e os anzóis encontrados em Pompéia são verdadeiras obras de arte.
Os anzóis de ferro eram geralmente mais grandes que os de bronze, usando-se especialmente em mar aberto. Os pescadores noruegueses aventuraram-se em mar aberto durante a Idade da Pedra.
O fabrico de anzóis pertencia só a especialistas. A descoberta de diversas ferramentas em escavações revela este fato, inclusive antes dos Vikings, o trabalho com ferro forjado mais fino, foi feito por ferreiros
profissionais. Havia também provavelmente anzóis de fabrico caseiro. Por volta do fim da Idade Média pode-se dizer que os fabricantes de anzóis profissionais os estavam a fazer com muita qualidade, pelo menos nos centros costeiros onde os pescadores faziam compras e venda.

Montagem e Técnicas para Pesca de Tuviras,Bagres e Jijus

A tuvira é muito conhecida entre aqueles que praticam a pesca de Dourado com iscas naturais. Entretanto também é um peixe de carne muito saborosa e que pode ser consumido sem preocupação.

Normalmente a maioria das pessoas pensam que a tuvira só pode ser capturada com armadilhas( covos) ou na peneira, entretanto a história é outra.

Seja para pescadores, praticantes de atividades no mato entre outros, ela pode sim ser capturada com anzol, e a técnica para a captura é bem simples e a montagem utilizada serve também para a pesca de Bagres de Jijus.

O vídeo mostra como é o processo de montagem e captura destes peixes que normalmente é realizada a noite.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Como pescar Pacú

Pacu é um termo comum utilizado para definir diversas espécies de peixes sul americanos que estão relacionados à piranha. O Pacu e a Piranha têm dentes similares, apesar da diferença no alinhamento das presas; as piranhas possuem dentes com pontas afiadas localizados na arcada dentária inferior. Diferente da Piranha, o Pacu é omnívoro e podem se alimentar de plantas, frutas, grãos além de pequenos crustáceos. Adicionalmente, Pacus totalmente desenvolvidos são muito maiores que as Piranhas, chegando a ter 30 kg, na natureza. Possuem uma carne de ótima qualidade quando sua alimentação não consiste de muita proteína, o que leva ao acúmulo de gordura.
Como pescar Pacu

Como pescar Pacu

Época

Pacu são peixes de água rasa e têm hábitos alimentares regulares, portanto podem ser pescados a qualquer época do ano.

Local

Como são peixes de água rasa e geralmente estão perto da superfície para comer o que cai na água, geralmente estão próximos a margem e perto da superfície.

Equipamento

Pacus criados geralmente não ficam muito grandes. Uma vara tamanho 5 ou 6 e linha de 0,20mm a 0,30mm é o bastante para ter sucesso em sua pescaria.  Utilize anzóis de tamanho 2/0 ou maior, dependendo do tamanho dos Pacus naquela região. O uso de carretilhas e molinetes é totalmente opcional.
Se for pescar em ar livre, na natureza, lá esses peixes podem ser maiores, é considerável utilizar uma vara tamanho 6 e linha 0,30mm a 0,35mm. Anzóis de tamanho 2/0 ou 3/0 são o suficiente para fisgar os Pacus maiores tranquilamente.
Um empate de aço de uns 10 cm é necessário, pois o Pacu possuí dentes muito fortes que podem cortar a linha muito antes de você sentir a puxada.

Isca

Esses peixes têm hábitos alimentares muito variados. Comem de frutas a insetos e moluscos, então qualquer isca natural, massas ou viva. Entre as iscas naturais o Pacu parece preferir as minhocas, massas com essência de minhoca ou massas que contenham de 22% a 30% de proteína. Pedaços de peixes maiores ou peixes pequenos também são ótimos nessa pesca. Dentre eles as Tilápias e Lambaris são os mais confiáveis.
Falando de iscas artificiais, as spinners e os sticks são as melhores para a pesca do pacu, embora seja difícil fisgar algum utilizando iscas artificiais se os peixes forem alimentados com ração ou massas, pois eles se acostumam a esse tipo de alimentação.
O fly-fishing é muito recomendado pelos pescadores esportivos. Utilize iscas que imitem insetos de cor verde e folhas, os Pacus, às vezes, costumam comer até mesmo folhas.

Dica

Se o local onde você estiver pescando possuir árvores frutíferas à margem do rio, o ideal é arremessar a isca ali naquele local. Pegue algumas frutas dessas árvores e “ceve” a região da água onde você irá arremessar a isca, isso abrirá o apetite dos Pacus nessa área.
Os Pacus comem até mesmo folhas, desde que comestíveis (folha de eucalipto, por exemplo), portanto considere todas as oportunidades.

Confronto

Como os Pacus costumam ”beliscar“ a isca antes de engoli-la, é importante deixar que o peixe carregue o anzol até certa distância. Se você simplesmente deixar a linha se esticar enquanto o peixe leva a isca, o anzol deslizará até a lateral da boca e se alojará lá, sendo assim somente necessária uma leve fisgada, só para confirmar.
Como as Tilápias, são peixes que correm em direção contrária a linha. Não saltam ou se arremessam contra objetos submersos, então não há muito com o que se preocupar.
Apenas curta a emoção de recolher a linha de forma moderada e recolha seu troféu de com carinho.

Pesca com Mosca

Uma das mais antigas modalidades de pesca, que teve seu nome (fly em inglês é mosca) devido às iscas utilizadas. Estas iscas imitam insetos, alimento natural de alguns peixes, e são confeccionadas artesanalmente (com pelos, penas, fios de plástico e linhas de seda).
Hoje em dia, não só as espécies que se alimentam de insetos são capturadas. Isto porque as iscas são produzidas com as mais diversas formas (peixes, crustáceos, rãs, etc), aumentando e muito as opções dessa modalidade de pesca, utilizada inclusive para capturar peixes de mar.
Mas, para praticar este tipo de pesca, o equipamento é todo especial e delicado, muito diferente dos utilizados em outros tipos de pesca.
Esta não é uma modalidade muito difícil de se aprender, sendo também muito divertida. Além disto, o equipamento pode ser usado para a pesca de mais de um tipo de peixe, bastando algumas modificações simples do material.
SOBRE O FLY
O fly pode ser praticado tanto em pequenos, como em grandes rios, córregos, lagoas, lagos, açudes, represas e mar. Isto dá muitas possibilidades para você que quer se iniciar nesta arte, tanto em possíveis locais como com diferentes espécies de peixes. Tudo vai depender do que você deseja e aí é só praticar e aperfeiçoar a técnica. Além disto, pessoas de qualquer idade e sexo podem praticar esta modalidade sem problema algum.
EQUIPAMENTO
Para pescar de fly, o equipamento é um dos quesitos mais importantes, e é importante que você saiba muito sobre ele. Os principais, que vamos descrever abaixo, são a vara, a carretilha, o backing, a linha e a mosca.
Varas:
As varas tem ação e potência diferentes, podendo ser de diversos tamanhos. A ação pode variar em lenta, progressiva, progressiva-rápida, rápida e extra-rápida. A potência varia conforme os números de classificação, que podem variar de #0 até #17 (quanto maior o número, mais resistentes e potentes). A #0 pode ser utilizada para lambaris, tilápias, carás e outros, enquanto a #17 para marlins-azuis e peixes com mais de 400kg.
Carretilhas:
As carretilhas, de maneira geral, podem ser classificadas de acordo com o uso. Assim, para varas de número #0 à #6, as carretilhas precisam apenas ser resistentes e abrigarem a quantidade de backing e linha necessária. Na pesca de Fly, com equipamentos leves, a carretilha serve basicamente para armazenamento da linha, à partir do #10, como o objetivo são peixes maiores de 5 kg, tem-se de procurar carretilhas mais robustas, algumas providas de fricção opu embreagem.
Backing:
Backing é a linha que fica entre a carretilha e a linha de fly, dando suporte em casos de peixes de grande corrida. Pode ser feita de monofilamento, dacron e polímeros trançados. Sua potência deve ser relacionada à vara e à linha utilizada. Caso sua carretilha seja de grande capacidade, use backing de libragem superior.
Linhas:
A linha deve obedecer ao número da vara para obter bons arremessos. Além disto, as instruções que se apresentam na caixa da mesma devem ser seguidas à risca, para aumentar a vida útil da mesma (que é de aproximadamente 10 anos, com em média 2 pescarias por mês).
Existem linhas que flutuam, as que afundam só a ponta ou que afundam inteiramente e em diversas velocidades e linhas para situações de muito vento. Assim, é difícil não encontrar no mercado uma linha que se adapte as suas necessidades.
Líder:
É a linha de monofilamento cônico (para transmitir progressivamente a energia gerada pelo arremesso através da linha de fly) que une a linha à mosca. Divide-se em 3 partes: Butt (a parte mais grossa), Intermediate (a do meio) e Tippet (os 50cm finais). Além disto, para situações que exigem maior resistência, pode-se usar monofilamento de diâmetro uniforme com a resistência desejada.
Mosca ou Isca:
Por convenção, toda isca de fly fishing é chamada de fly (moscas), independendo do material, tamanho ou formato. Podem ser feitas de materiais naturais ou sintéticos.